Olá, Mavericks!
A semana foi intensa no mundo dos negócios e do marketing, e nada melhor do que um compilado afiado para te deixar por dentro das discussões mais quentes.
Pegue seu café (ou seu chocolate quente), você recebeu mais uma edição de O Compilado — a sua leitura semanal pra tirar o ruído do hype e focar no que realmente importa.
Vamos juntos analisar as provocações que rolaram nos últimos dias!
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📌 SUA LEITURA DE HOJE
🌟 Opinião de Destaque: O tempo que a IA “economiza” está virando mais trabalho — e não mais liberdade. Cris Dias questiona quem está realmente ganhando com a automação.
📊 Estratégia e Planejamento: Do market share à narrativa de marca, veja como líderes estão redefinindo o que realmente move o ponteiro das decisões estratégicas.
🚀 Futuro dos Negócios: A IA escancara: não é sobre ferramenta, é sobre cultura. O que separa inovação de ilusão?
🎯 Experiência do Cliente: O cliente cansou de atuar num roteiro que não escreveu. Está na hora de ouvi-lo de verdade.
💡 Liderança e Gestão: Crescer com consistência exige maturidade — nos dados, nas pessoas e na política interna. Prepare-se para algumas verdades difíceis.
📌 Nesta edição, opiniões de + de 20 lideranças:
Ana Mourão, Andrei Zinkevich, Arthur Dambros, Clark Barron, Cris Dias, Dan White, Douwe Wester, Fernando Costa, Gareth O’Connor, Graham Robertson, Ina Toncheva, Javier von Westphalen, Kirill Vdov, Lucas Yokota, Megan Bowen, Michael Kaminsky, Peep Laja, Pedro Porto Alegre, Preston Rutherford, Roxana Irimia, Sara Stella Lattanzio, Thiago Henrique Fagundes, Victor Raful, Vinicius Ribeiro Lima
🌟 OPINIÃO DESTAQUE ————————————--
Tecnologia não libera tempo, captura!
com opinião Cris Dias
"e a IA permite fazer um trabalho em 4 horas que antes levava 8, o sistema produtivo considera isso um 'crime' — porque perdeu 4 horas de produção potencial."
Enquanto todos estamos na estrada para os avanços da inteligência artificial, Cris Dias faz um desvio entra em uma rua esburacada mas que você precisa acompanhar: ele não fala do que a IA faz, mas do que ela revela. E o que ela revela é menos sobre eficiência e mais sobre o velho desejo de controle — especialmente sobre o tempo dos outros.
Partindo da previsão de Keynes de que trabalharíamos 15 horas por semana até 2025, Cris mostra que a produtividade aumentou, sim, mas o tempo livre virou fantasia corporativa. A lógica é parece desdobrar de teses de literatura político-filosófica: se você produz o dobro com a metade do tempo, o que a empresa espera? Que você produza o quádruplo. O tempo não foi devolvido ao trabalhador. Foi capturado.
A IA, portanto, abre uma crise cultural nas lideranças: não sabemos o que fazer com a eficiência. E, no desespero, trazemos todos de volta ao escritório. Não para colaborar — mas para garantir que ninguém esteja "gastando mal" esse tempo que “sobra”.
Este não é um post sobre ferramentas. É praticamente um manifesto sobre o valor do tempo — e de quem ele é.
⚡ 3 INSIGHTS PRINCIPAIS:
A IA aumenta produtividade, mas desafia líderes a redefinir o que fazer com o tempo "ganho".
A pressão pelo retorno ao presencial é uma tentativa de controlar ganhos intangíveis da automação.
Estratégias de futuro do trabalho precisam equilibrar eficiência, autonomia e confiança.
✍ Leia mais e comente no post original:
🔗 Leia o post de Cris Dias – "O tempo não é seu" e comente.
📊 ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO ———————
A nova engenharia do crescimento
Estratégia hoje é menos sobre o que você sabe, e mais sobre o que você faz com o que sabe. É exatamente essa a linha de pensamento que une cinco visões de lideranças distintas — e complementares.
Com opiniões de Andrei Zinkevich, Douwe Wester, Graham Robertson, Peep Laja, Pedro Porto Alegre
“Top marketers don’t just report numbers — they tell compelling stories that help leadership make the right investment choices." — Graham Robertson
Graham Robertson defende que market share não é um KPI, é uma lente estratégica. Para ele, líderes devem ir além do “subiu ou caiu” e perguntar por que, onde e como estão ganhando ou perdendo. É o tipo de mentalidade que transforma dados em argumento de sala de reunião.
Douwe Wester reforça essa visão com um playbook para calcular o TAM em minutos usando IA. Ele traz um processo que evita o achismo e posiciona o planejamento de mercado como estratégia acionável. Afinal, você está expandindo ou apenas contando slides?
Na mesma lógica de ação com inteligência, Andrei Zinkevich pondera: não adianta mirar em quem “parece certo” no ICP — você precisa mirar em quem está pronto. Segmentar com base em intenção de compra real e alinhar marketing e vendas pode significar a diferença entre geração de pipeline e desperdício de verba.
Pedro Porto Alegre entra com o debate que não cansamos de explorar por aqui: branding e performance não são rivais. Ao contrário, ele mostra com dados,citando um estudo com TikTok e Tracksuit, para mostrar que um alimenta o outro — “quanto mais awareness, mais conversões”. Ou seja, a separação entre marca e performance pode estar sabotando o seu funil.
Fechando o bloco, Peep Laja traz duas provocações que gostamos de ler pra fechar o raciocínio:
No primeiro, mostra que brand tracking expõe um abismo entre percepção e realidade. Marcas acham que estão dominando o mercado, mas os compradores mal as reconhecem. No segundo, meio que complementa dizendo que marcas que desafiam as líderes de mercado perdem por falta de narrativa, percepção e confiança. Casos de uso, prova social, preço certo — e uma história memorável que o mercado repita por você.
➔ 3 INSIGHTS PRINCIPAIS:
Market share, TAM e segmentação não servem apenas para medir: servem para decidir.
Branding bem feito alimenta performance — e vice-versa.
Estratégia sem narrativa é só planilha: a percepção do mercado define quem entra no jogo.
✍ Leia mais e comente a opinião completa:
🚀 FUTURO DOS NEGÓCIOS ———————————
Do marketing operador ao marketing arquiteto
A tecnologia está virando o jogo — mas só para quem sabe jogar estrategicamente. Nesta edição, o futuro dos negócios não é mais sobre “ter IA”, mas sobre usar bem o que já se tem.
Com opiniões de Ana Mourão, Arthur Dambros, Ina Toncheva, Sara Stella Lattanzio
“AI isn’t a replacement for marketing. It helps us manage the complexity — across content, automation, analytics, and more. But it also exposed where marketing has already been underperforming." — Ina Toncheva
Ana Mourão, em dois textos complementares, aponta que o marketing precisa deixar de ser um mero "usuário de ferramentas" e se tornar o arquiteto dos sistemas de tecnologia. Ela apresenta o framework “Experimental Marketer”, com sete princípios (os 7 E’s) para transformar subutilização em vantagem competitiva. O foco não é só no stack — é no pensamento sistêmico que conecta as ferramentas aos objetivos reais do negócio.
Ina Toncheva reforça essa linha ao argumentar que a IA não substitui o marketing — ela expõe onde ele já estava fraco. Profissionais que não entendem o processo completo serão os primeiros a ser trocados por prompts. Os que dominam o todo, ganham superpoderes.
Arthur Dambros leva essa crítica adiante: "automatizar um processo idiota ainda é fazer algo idiota, só que mais rápido". Ele defende que eficiência sem impacto é ruído disfarçado de inovação.
Fechando o ciclo, Sara Stella Lattanzio apresenta um exemplo real de automação inteligente com uma extensão de Chrome que cria landing pages personalizadas para cada conta B2B. Simples, direto, com impacto concreto — sem depender da TI.
➔ 3 Insights principais:
O problema não é a tecnologia — é a má arquitetura de uso.
A IA revela fragilidades que estavam escondidas sob o manual.
Profissionais que dominam a visão de sistema serão os líderes do novo marketing.
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🌐 EXPERIÊNCIA DO CLIENTE ——————————
O cliente não é um número, é uma história esperando ser respeitada
Hoje, o cliente não quer ser encantado. Ele quer ser ouvido.
Com opiniões de Clark Barron, Dan White, Javier von Westphalen, Kirill Vdov, Roxana Irimia, Thiago Henrique Fagundes, Vinicius Ribeiro Lima
“You’re not telling their story. You’re manipulating them. You’re forcing them to perform yours.” — Clark Barron
Clark Barron abre os trabalhos com uma dupla provocação. Primeiro, alerta para o risco de um storytelling que virou empatia performática: aquele marketing que fala bonito, mas não ouve de verdade. Em vez de roteirizar o cliente, talvez seja hora de perguntar o que ele realmente tem a dizer. Depois, ele dobra a aposta e propõe um exercício ousado: simular uma campanha capaz de destruir a própria marca. A provocação não é sadismo corporativo — é uma forma radical de revelar pontos cegos, desalinhamentos internos e verdades que ninguém ousa dizer em apresentações de status.
Kirill Vdov reforça que o funil clássico não traduz mais a jornada do comprador moderno. Em vez de insistir em etapas controladas, o ideal é fornecer conteúdo relevante e rastreável em todos os níveis — uma orquestração mais natural, menos forçada.
Dan White lembra que ativos de marca distintivos (os famosos DBAs) ainda são os grandes aliados da lembrança e diferenciação. Uma experiência memorável começa muito antes da conversão — ela é construída na repetição estratégica.
Vinicius Ribeiro Lima derruba a velha divisão entre B2B e B2C: no fim do dia, é sempre uma pessoa que decide. E o que ela busca é segurança, confiança e familiaridade. Humanizar o relacionamento é o caminho mais curto entre a dúvida e a escolha.
Javier von Westphalen nos convida a pensar o marketing como a arte de criar produtos com histórias que valem ser contadas — e que o cliente, quando realmente tocado, se transforma no mais potente dos divulgadores.
Roxana Irimia aponta um erro comum: criar conteúdo para o time de vendas em vez da jornada real do comprador. O resultado? Muito material que convence, mas não educa. Diagnosticar esse descompasso é vital para gerar impacto.
Thiago Henrique Fagundes encerra com uma pergunta desconfortável: seu cliente está com você por fidelidade ou por dependência? Retenção não pode ser sinônimo de prisão. Uma experiência saudável libera, não bloqueia.
➔ 3 Insights principais:
Cliente não quer ser guiado, quer ser compreendido — e isso muda como você produz, distribui e se apresenta.
Experiência de marca é construída em cada ponto de contato: do conteúdo à memória visual.
Fidelidade real se mede em valor entregue — não em quanto custa sair.
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💡 LIDERANÇA E GESTÃO ————————————
A maturidade do marketing começa na maturidade da liderança
Estratégia só vira realidade quando a liderança consegue traduzir intenção em impacto — e impacto em valor percebido.
Com opiniões de Fernando Costa, Gareth O’Connor, Lucas Yokota, Megan Bowen, Michael Kaminsky, Preston Rutherford, Victor Raful
“Marketing não é só sobre awareness ou CAC. É sobre traduzir impacto em linguagem de negócios." — Gareth O’Connor
Megan Bowen propõe uma visão integrada de crescimento: Brand, Demand, Expand. Crescimento previsível e sustentável só acontece quando esses três pilares andam juntos — e não quando se vive no ciclo de “gera demanda, apaga incêndio”.
Victor Raful desce para o campo e compartilha os cinco desafios mais comuns em startups. Spoiler: todos envolvem clareza estratégica, capacidade de execução e visão sistêmica. Para ele, "a proposta de valor não é uma frase bonita — é o que de fato se entrega".
Lucas Yokota vai direto ao ponto: medir tudo ou nada é um falso dilema. Maturidade é saber o que medir, quando, e por quê. Ele classifica perfis de lideranças e aponta que o profissional maduro sabe que atribuição é redução de incerteza — não busca por certeza absoluta.
Fernando Costa traz um argumento provocador e necessário: “A área comercial está dentro do marketing”. Se o discurso do vendedor é baseado na narrativa da marca, e se essa narrativa é construída pelo marketing, então vendas e marketing são (ou deveriam ser) o mesmo time. Qualquer outra configuração é desperdício de sinergia.
Michael Kaminsky complementa com uma visão crítica sobre experimentação: o que importa não é “se teve lift”, mas se foi o melhor uso possível do orçamento. O foco deve estar na margem de incerteza do ROI — e não na vaidade da significância estatística.
Gareth O’Connor entrega o manual do profissional de marketing que quer sobreviver ao CFO: abandone métricas de vaidade e aprenda a falar a língua do negócio. Impacto real precisa ser demonstrado — não presumido.
E Preston Rutherford encerra com um manifesto pró-branding baseado em evidência: se você ainda acha que branding não gera receita, é porque está medindo com régua de performance. O jogo mudou — e os dados mostram por quê.
➔ 3 Insights principais:
Liderança de marketing eficaz é aquela que integra estratégia, execução e narrativa financeira.
Métrica boa é aquela que informa a decisão — não que a paralisa.
A fusão de marketing e vendas é inevitável — e estratégica.
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Curadoria: Lucas Röttgering