Viralizar é marketing ou sorte?
Já viu aquele video do gatinho?
Ei, Maverick!
Hoje vamos falar sobre uma coisa que todo profissional de marketing adora: viralizar! Aquele fenômeno mágico que faz com que seu conteúdo seja compartilhado mais rápido do que um meme de gato dançando, mas desta vez vamos falar como esse compartilhamento de forma contínua pode levar a um custo de aquisição quase zero e um life time value crescente. - What???
E espero que você tenha conferido o Cohort de ontem, onde eu falei sobre a importância de gerar e capturar demanda que tem tudo a ver com esse tema.
"Potential customers are coming to you through word-of-mouth from people they know and trust, they are more likely to be interested in what you have to offer. These customers, in turn, are more likely to stick around and become long-term, loyal customers.", Vlad Gozman, founder & CEO of involve.me
Viral loop: Aposto que você já ouviu falar desse termo.
Lembra daquela época em que tudo tinha que viralizar, como se fosse uma espécie de medalha de ouro do marketing?
Viralizar era sinônimo de criar awareness, de ser o centro das atenções. Parecia que o Andy Warhol, ao invés do Philip Kotler, era o nosso guru supremo do marketing.
Mas deixe-me dizer uma coisa: viralizar não é apenas uma questão de sorte ou de topo de funil, há método nessa loucura toda e com jeitão de estratégia de growth com CAC e LTV do jeito que a gente quer.
Minha primeira introdução a essa estratégia foi através do livro "Viral Loop", escrito por Jonah Sachs. Eu sei, eu sei, parece clichê, mas acredite em mim, às vezes as coisas são simples assim.
Naquela época, eu estava no MAM-SP, no início da minha carreira. Ah, deixa eu te contar sobre o MAM-SP para quem não conhece. É um lugar incrível para visitar. Tem uma arquitetura deslumbrante assinada por Oscar Niemeyer, um mural gigante dos famosos irmãos OS Gemeos, um restaurante de grife e um acervo curioso que, apesar de ter o nome de Arte Moderna, é sobre Arte Contemporânea. Além disso, fica localizado no Parque Ibirapuera, que por si só já é uma atração à parte. Dá uma pesquisada nesse link, você não vai se arrepender.
Enfim, na hora do almoço, eu ia correndo para a biblioteca do museu com o livro debaixo do braço e passava o resto do tempo grifando e fazendo anotações nas margens. Assim eu aprendi com vários outros autores.
No mundo do marketing, as boas histórias são o que ficam na nossa memória. E é exatamente isso que um Viral Loop se trata - histórias que geram valor. Aliás, estou escrevendo uma edição especial da minha newsletter sobre a história da Tupperware, uma daquelas histórias que realmente fizeram a diferença.
Mas vamos ao ponto principal. Como são esses virais que podem fazer a diferença e por que você deveria considerar essa estratégia?
Primeiro, é importante ressaltar que não existe uma fórmula mágica, então desculpe se você estava esperando por isso. No entanto, a essência de tudo se resume a uma mantra: incentivar para compartilhar.
Esse "mantra" se repete por cinco momentos:
Fase de aquisição: Você fez seu trabalho direito e um lead se tornou cliente.
Fase de compartilhar: Você fez seu trabalho direito (parte 2) e incentivou esse cliente a compartilhar com amigos/seguidores
Fase de semente: Esse compartilhamento gerou interesse e as pessoas começam a criar uma rede em torno do produto ou serviço.
Fase de recomendação: Quando outras pessoas começam a adquirir ou assinar o produto ou serviço por conta da recomendação de alguém.
Fase de viral loop: Quando esse ciclo funciona sozinho.
Alguns exemplos em empresas que adotam esse conceito:
O DropBox oferece espaço de armazenamento extra para usuários que indicam amigos.
A Uber oferece créditos tanto para o usuário que indica quanto para o novo usuário em sua próxima viagem.
A Amazon possui um sistema de recomendação que funciona tanto para ela quanto para quem vende na plataforma.
Por fim, apesar de parecer apenas uma estratégia de recomendação que é uam troca de valor racional, o viral loop é uma estratégia orgânica emocional que começa na geração de demanda pela criação de valor real do seu produto ou serviço, com um job-to-be-done bem feito o suficiente para que o consumidor queira falar e compartilhar por vontade própria.
Unlock: como seria um viral loop estruturado
Desenvolva valor para seu consumidor
Ofereça incentivos para os clientes referirem seu produto ou serviço
Certifique-se de que tanto o indicador quanto o indicado obtenham algo da indicação
Crie recompensas cumulativas para manter os clientes envolvidos e incentivá-los a indicar outros
Identifique o ponto de entrada para o seu loop viral e facilite o primeiro passo para os clientes em potencial
Analise e teste seu loop viral para otimizá-lo para o seu negócio
E você, já conseguiu algum viral loop ou ficou apenas na estratégia de recomendação? Deixe nos comentários se conhece outras empresas que tiveram sucesso com essa estratégia.
Até a próxima!
referências:
https://www.forbes.com/sites/theyec/2022/07/08/how-to-create-a-viral-loop/?sh=5cb048a71a75
Livro, Viral Loop